Figura 01 - Placa de circuito impresso feito por transferência térmica. |
Figura 02 - Transparência para impressora laser. |
O primeiro passo para confecção de nossa PCI é o desenvolvimento do layout do circuito eletrônico. Esta etapa não é o foco deste artigo, mas pode ser realizada com a utilização de um software específico para este fim como o Proteus Ares, Eagle, Free PCB ou até mesmo um editor gráfico como o Corel Draw, mas particularmente prefiro o Proteus Ares.
Figura 03 - Circuito impresso em transparência. |
Figura 04 - placa de circuito impresso virgem. |
Figura 05 - Fotolito sobre placa de circuito. |
Para otimizar a transparência podemos imprimir layouts de diversos circuitos diferentes na mesma folha, quantos assim couberem. E vale a pena imprimir também mais de uma cópia do mesmo circuito para ser utilizado caso ocorra algum problema durante o processo e não seja necessário imprimir tudo novamente.
Figura 06 - Caneta para retroprojetor. |
O próximo passo consiste em corta a placa de circuito virgem do tamanho adequado, ou um pouco maior, para receber a transparência. A superfície da placa deve estar limpa e sem resíduos. Para isso, podemos lixá-la com uma esponja de aço levemente até que fique brilhando. Depois limpamos os resíduos restantes com álcool isopropílico, a placa de ficar com foto da figura 04 - placa de circuito impresso virgem limpa.
Podemos ainda dar um banho de alguns segundo na solução de percloreto de ferro (que mostraremos a seguir) para deixar a placa um pouco mais áspera e a tinta se fixar melhor.
Figura 07 - Percloreto de ferro. |
Neste momento nos preparamos para realizar a transferência térmica propriamente dita. Para isso necessitamos de uma fonte de calor plana e que aplique certa pressão sobre o sanduíche de placa para que a tinta do toner se desprenda da transparência e se deposite sobre a camada de cobre. Existem no mercado diversas prensas para esta finalidade, mas como nosso objetivo é o de confeccionar apenas alguns protótipos sazonalmente, podemos utilizar no lugar desta prensa um ferro de passar roupas comum.
Basta aquecê-lo na temperatura máxima por alguns minutos e, em seguida, pressioná-lo sobre a transparência e contra a placa de circuito impresso fazendo movimentos circulares e longitudinais. Passamos o ferro de passar por cima de toda a superfície a ser transferida tomando o cuidado para não deixá-lo parado sobre o mesmo ponto por muito tempo. O tempo de 2 à 3 minutos neste processo é o suficiente. Se deixar o ferro parado por muito tempo, o cobre pode aquecer demais e se despender da placa de fenolite estragando seu trabalho.
Se durante este processo a transparência se deformar é porque ela é de má qualidade ou não adequada para uso em impressoras à laser.
Figura 08 - Solução percloreto de ferro. |
Pequenas falhas na transferência do layout podem ser corrigidas com uma caneta de marcação permanente, conhecidas como “marca CD” ou “caneta para retroprojetor” - figura 06.
A próxima etapa do processo é a remoção do material não desejado da placa de cobre. Para isso utilizamos uma solução de percloreto de ferro – Encontrada em lojas de componentes eletrônicos ou de produtos químicos, mostrado na figura 07 - Percloreto de ferro.
Figura 09 - PCI em solução de percloreto de ferro |
Prepare um recipiente plástico ligeiramente maior que a área da placa a ser corroída e despeje percloreto em quantidade necessária para cobrir a placa em 1 cm aproximadamente. Quanto mais produto, mais rápido o processo, contudo, se economizar na quantidade poderá guardar para futuras placas. Veja a figura 08 - Solução percloreto de ferro.
Figura 10 - PCI corroída |
Figura 11 - PCI pronta com método de transferência térmica. |
Quando todo o cobre não protegido for removido, retiramos a placa da solução e a lavamos com água corrente. Temos então a placa de circuito impresso pronta, conforme figura 10 - Placa de circuito impresso corroída.
Retirando a tinta com uma esponja de aço, temos o resultado final apresentado abaixo na figura 11 - Placa de circuito impresso pronta.
Para proteger as trilhas de cobre e evitar sua oxidação recomendo a aplicação de uma camada de verniz a base de breu, encontrada nas lojas de componentes eletrônicos. Além de proteger contra a oxidação, o breu facilita a soldagem dos componentes na placa. O resultado final foi apresentado na figura 01.
Vale lembrar que, como em qualquer aprendizado, o tempo leva à perfeição. Então não desanime se o primeiro resultado não sair como esperado, a prática trará ótimos resultados e seus projetos se tornarão mais profissionais ao longo do tempo.
* Colaboração de Marcelo Maciel - Engenheiro de Controle e Automação e Técnico Eletrônico.
* Colaboração de Marcelo Maciel - Engenheiro de Controle e Automação e Técnico Eletrônico.
© Direitos de autor. 2014: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 27/01/2014
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