segunda-feira, 27 de julho de 2020

Aula 21 - Estação de Resoldagem - Reflow and Reballing chipsets with Ball Grid Array

Atualmente um dos métodos mais utilizados para a conexão de componentes como chipsets, microprocessadores e até mesmo sockets, é o Ball Grid Array (BGA). Trata-se de fixação destes em uma placa de circuito integrado, por meio de soldagem de microesferas.
Figura 01 - Chip com conexão Ball Grid Array.
Esse método é massivamente utilizado em produtos eletrônicos presentes em muitos segmentos de mercado, como placas de vídeo, notebooks, placas-mãe, osciloscópios, circuitos de produtos hospitalares, estações CNC, injeções eletrônicas de automóveis e por aí vai.
Esse processo consiste de realizar a fusão das esferas entre o componente e a placa de circuito impresso, de forma que todas as esferas estejam perfeitamente ligadas, e desta forma promover o perfeito funcionamento. Mas todo componente eletrônico é sujeito a falhas e as diferenças de temperatura, vibrações e intempéries podem causar a ruptura (total ou parcial) de uma dessas conexões. E, se isso acontecer, o sistema pode deixar de funcionar corretamente.
Este problema fica mais latente nos dias de hoje quando, a partir de 2006, foi implantada a diretiva RoHS (Restriction of Harzadous Substances – Restrição a substâncias perigosas, como a solda de chumbo e estanho Sn63 Pb37), e as companhias que seguem os melhores padrões em relação à poluição ambiental e saúde de seus funcionários, passaram a adotar as soldas “Led Free” (livres de chumbo).
Figura 02 - Corte lateral de um chip do tipo BGA.
As soldas que contém chumbo possuem menor fragilidade e tem uma temperatura de fusão maior, o que dificultava o aparecimento desse problema. Mas a realidade hoje é diferente, pois cada vez mais os métodos utilizam mais o Led Free e também a tendência de mais e menores esferas vai se implantando.
Artefatos na tela em placas de vídeo, notebooks que não formatam e apresentam tela azul, computadores que não reconhecem wireless, troca de socket de placa mãe por danos, tablets que ligam e não apresentam imagem na tela, sistemas de injeção eletrônica que não realizam a função de partida e uma infinidade de problemas podem ser resolvidos com o reparo do BGA, e o pior disso é que grande parte desses casos é considerado como “irreparável”, devido à falta de profissionais habilitados para realizar esse tipo de reparo, que exige equipamentos avançados e mão de obra especializada.
Figura 02 - Estação de retrabalho em placas com chip "BGA".
Mas também existem modos mais “caseiros” de resolver esse problema. É bastante comum, por exemplo, aos usuários avançados de computador, ter presenciado ou pelo menos ouvido falar de casos em que placas são colocadas no forno para literalmente assar por um tempo e depois disso voltarem a funcionar.
Na verdade isso pode ocorrer, mas a placa não está “realmente reparada”. O que acontece é que geralmente, nesses casos, houve uma pequena trinca em alguma ou algumas das esferas e a dilatação dos materiais faz com que as duas partes se “acomodem” em contato, mas fica a ciência de que este reparo é por demais sensível, e o problema pode retornar a qualquer hora. Além, é claro, de poder danificar permanentemente outros componentes da placa.
Figura 03 - Chip recebendo novas esferas
de solda para realização de reballing.
As duas maneiras corretas de se realizar este reparo é com a estação BGA, por meio de uma dessas maneiras: o reflow ou o reballing.
Reflow - No processo do reflow não existe a necessidade da troca das esferas e nem a remoção do componente. Apenas é realizado um aquecimento em uma estação BGA adequada para que não haja risco de empenamento da placa de circuito integrado. Quando a temperatura de fusão é atingida, uma leve movimentação realiza a junção das duas superfícies, que após o resfriamento devem estar em perfeito contato.
A grosso modo, pode-se dizer que o processo de reflow apenas derrete as esferas para que elas possam ressoldar o componente na placa novamente. E isso tudo sem que o chip seja removido da placa.
Reballing - No Reballing o processo é mais complexo. É feita a remoção do chip e a troca das esferas. Neste caso são necessários insumos de trabalho, como o modelo correto de stencil (gabarito), estação de solda com ponta faca, esferas, fluxo de solda, malha de dessolda, pinça e outros eventuais elementos usuais que fazem parte do dia a dia de quem trabalha com este tipo de reparo.
 Figura 04 - Pad Repair Tools Maintenance Platform
A mão de obra é maior que no reflow, mas garante um trabalho mais eficiente no final. Isso porque o risco de o componente voltar a apresentar defeitos é bem menor, uma vez que todas as possíveis soldas defeituosas foram substituídas.
Uma das ferramentas indispensáveis para manutenção de placas BGA é o tapete de silicone e bas magnética, resistente ao calor quando fazemos a solda BGA com estação de solda ou pistola de calor, este  tapete possui isolamento e é uma Plataforma de Manutenção e suporte para Ferramentas de Reparo com compartimentos para localização de: estruturas para placa de circuito, para parafusos, peças com cobre, uma área de ferramentas magnéticas, 3 áreas de peças magnéticas, 7 áreas para peças não-magnéticas, uma régua escala, e 42 células de reposição, 124 pequenas células onde pode colocar de maneira segura 124 parafusos em ordem diferente. Além de ser resistente à altas temperaturas (500  ° C), suave e não é liso.
Figura 05 - Repair Opening Tools Kit Pry Spudger Screwdrive
A falta de mão de obra especializada nesse tipo de trabalho pode ser uma boa oportunidade de aprendizado e até mesmo de trabalho.
Para mais informações sobre BGA, equipamentos, manutenção ou cursos, você pode procurar por escolas que oferece este tipo de suporte para quem pretende ingressar nesta atividade.

Nesta atividade utilizaremos a ferramentas descritas para manutenção do Relógio Digital cujo diagrama está disponível em: 19_05_01 Relógio Digital com LED SRG.

© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 10/10/2023

quarta-feira, 22 de julho de 2020

ER 07.2 - Termostato com circuito integrado LM331 "SMD"


O regulador de temperatura (termostato) usa um termistor (NTC) para o sensor de temperatura. Este circuito pode controlar um sistema externo acionando um relé quando a temperatura do termistor se torna igual temperatura definida no potenciômetro. O valor da resistência do termistor muda com a temperatura ambiente. Este circuito, com a mudança do valor da resistência provoca a mudança da tensão usando o transistor. Em seguida, ele compara essa tensão do termistor com a tensão ajustada da temperatura definida através do potenciômetro usando o comparador de tensão e aciona um relé. É um circuito relativamente simples. Com este circuito, o ponto difícil é lidar com um sinal analógico (a mudança de temperatura). 
A característica do termistor, do transistor e assim por diante influencia o desempenho do equipamento da maneira como ele está. Mesmo que o termistor ou o transistor de mesmo nome seja usado, o mesmo desempenho (a faixa de temperatura de ajuste e assim por diante) às vezes não é obtido.
   
O diagrama elétrico do termostato "SMD" com NE555 está disponível em: 20_08_08 Termostato_CE_SRG.

O layout da parte inferior da placa do termostato "SMD" com NE555 está disponível em: 20_08_08 Termostato_LY_SRG.

O layout da parte superior da placa do termostato "SMD" com NE555 está disponível em: 20_08_08 Termostato_LY_SRG.

A máscara de componentes do termostato "SMD" com NE555 está disponível em: 20_08_08_Termostato_MC_SRG.

© Direitos de autor. 2014: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 10/08/2020

terça-feira, 21 de julho de 2020

ER 07.1 - Oscilador sonoro com circuito integrado NE555 "SMD"

O circuito da figura 01 é de um mini instrumento musical projetado a partir de um oscilador sonoro com circuito integrado NE555.
O circuito é uma versão do multivibrador astável em frequência audível, onde foram criados 5 trechos RC (resistor-capacitor) separados, variando o resistor R1, de tal forma a produzir frequências que correspondem aproximadamente a notas musicais. Para acionar cada trecho é preciso apertar o botão correspondente.
Este circuito utiliza vários resistores em série para produzir os valores necessários para obter as frequências desejadas. Todos os resistores usados possuem valores comerciais e são facilmente encontrados. Se você tiver outros resistores além dos resistores, poderá usar os dados na tabela abaixo para tentar obter uma frequência mais próxima da esperada, ou usar menos resistores no circuito.
Cada botão, quando apertado, combina os resistores abaixo dele (em série) e faz o NE555 apitar em uma frequência diferente, aproximadamente um tom ou semitom acima do botão anterior. As frequências calculadas são: Lá(440Hz), Si(494Hz), Dó (523Hz), Ré (587Hz) e Mi (659Hz).
Elas foram calculadas usando a fórmula: 1,44 / [ C x (R1 + 2 x R2) ]
As combinações R1-R2-C foram construídos de acordo com a tabela abaixo. Apenas R1 varia:

Nota
Frequência esperada
R1
R2
C
Frequência calculada
Mi
659 Hz
19,4k (4,7k+4,7k+10k)
100k
10nF
1,44 / (200k + 19,4k) * 10nF = 656 Hz
587 Hz
44,7k (19,4k+22k+3,3k)
100k
10nF
1,44 / (200k + 44,7k) * 10nF = 588 Hz
523 Hz
73,5k (44,7+22k+6,8k)
100k
10nF
1,44 / (200k + 73,5k) * 10nF = 527 Hz
Si
494 Hz
90,3k (73,5k+10k+6,8k)
100k
10nF
1,44 / (200k + 90,3k) * 10nF = 496 Hz
440 Hz
126,6k (90,3k+33k+3,3k)
100k
10nF
1,44 / (200k + 126,6k) * 10nF = 441 Hz

Material necessário:
  • Circuito integrado NE555;
  • 5 chaves tácteis de pressão;
  • 1 resistor de 100k Ω por 1/8W;
  • 1 resistor de 33k Ω por 1/8W;
  • 2 resistores de 22k Ω por 1/8W;
  • 2 resistores de 10k Ω por 1/8W;
  • 2 resistores de 6,8k Ω por 1/8W;
  • 2 resistores de 4,7k Ω por 1/8W;
  • 2 resistores de 3,3k Ω por 1/8W;
  • 2 capacitores de poliester 10nF por 50v;
  • 1 capacitor eletrolítico de 10µF por 25v;
  • 1 alto-falante de 8 Ω;
  • Fonte ou bateria de 9V;
  • Placa de circuito impresso;
O NE555 produz na saída OUT uma onda quadrada e a fórmula usada não garante uma onda com pulsos de duração igual (o pulso de nível lógico ALTO sempre é igual ou maior que o pulso BAIXO, e geralmente é bem maior), portanto há uma distorção no som gerado pelo oscilador.
Outra questão é a precisão dos resistores que é de 95%, uma variação de 5% pode causar uma diferença de um semitom, que é significativa para a afinação. Mesmo assim, o som resultante deve ficar em uma frequência próxima da esperada. Você pode tentar melhorar o circuito incluindo um ajuste fino da afinação usando potenciômetros de 50k no lugar dos resistores. A ilustração da figura 02 é uma possibilidade de montagem em placa de circuito impresso.

O diagrama elétrico do mini instrumento musical "SMD" com NE555 está disponível em: 20_08_03 MIM_CE_SRG.
O layout da placa mini instrumento musical "SMD" com NE555 está disponível em: 20_08_03 MIM_LY_SRG.
A máscara de componentes do mini instrumento musical "SMD" com NE555 está disponível em: 20_08_03 MIM_MC_SRG.

© Direitos de autor. 2014: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 10/08/2020

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Aula 20 - Componentes eletrônicos SMD

Figura 01 - Montagem "PTH" e "SMD"
Os componentes eletrônicos, como resistores, capacitores, indutores, transistores e entre outros além de serem fabricado com a tecnologia PTH - Pin Through Hole - (“Pino pelo furo”) também são fabricados com a tecnologia SMD - Surface Mounted Device (“Dispositivo montado na superfície”). Na figura 01 temos o resistor "PTH" e o capacitor cerâmico "SMD".
Estamos acostumados a utilizar o metro como unidade de medida de comprimento, mas, quando se trata de alguns componentes SMD e da confecção de PCBs, a polegada passa a ser utilizada. Mais precisamente, no milésimo de polegada (mils) em alguns casos. Com isto, a nomenclatura de alguns componentes será baseada na medida em polegada, conforme veremos adiante.

Figura 02 - Resistor e capacitor "SMD"
Tanto os resistores, quanto os capacitores cerâmicos compartilham os mesmos encapsulamentos. Entretanto, cada um tem uma aparência diferente. O encapsulamento nada mais é do que um pequeno retângulo medindo menos de 1 milímetro em cada dimensão. Veja na figura 02, um exemplo de capacitor e de um resistor "SMD" e suas diferenças em relação aos encapsulamentos.
Pode haver diferentes encapsulamentos (mesmo formato, mas tamanhos diferentes) para resistores capacitores.
O nome do encapsulamento é formado por 4 dígitos (a maioria). Os dois primeiros informam o comprimento do componente em polegadas e os dois últimos informam a largura do componente também em polegada, a codificação do encapsulamento e mostrado na figura 03.
Figura 03 - Código de encapsulamento SMD
Por exemplo: um encapsulamento é o 1206. 12 indica que o comprimento do componente é de 0,12 polegadas (0,125 na realidade) e 06 indica que a largura é de 0,06 polegadas. O nome do encapsulamento pode aparecer em milímetros, mas a polegada é mais usual. Veja um comparativo de alguns dos encapsulamentos existentes na imagem abaixo.
Apesar da grande quantidade, existem alguns encapsulamentos mais comuns, como: 1206, 0805 e 0603. É a partir dos componentes eletrônicos de pequenas dimensões que os dispositivos complexos são capazes de ficarem tão compactos a ponto de caberem no seu bolso.





Valores de resistor e capacitor
Figura 04 - Resistor 390R.
Infelizmente, não é possível ler o valor de um capacitor cerâmico SMD, pois ele não vem com nada escrito. Portanto, só medindo com um capacímetro para identificar um capacitor SMD perdido.
Já no caso dos resistores, a regra para identificar o componente é parecida com as regras que vimos no PTH. O resistor vêm com uma indicação de 3 ou 4 dígitos, sendo que: os primeiros dígitos formam os dígitos do valor nominal; e o último dígito é o multiplicador (10^multiplicador). Vamos entender  com o exemplo da figura 04.
Interpretando o resistor acima, seu valor nominal é: 39 * 10^1. Ou seja, é um resistor de 390Ω.

Código de diodos e LED's
Figura 05 - Diodo M7.
Alguns diodos retificadores acabam tendo encapsulamentos em dimensões muito próximas das mostradas acima. Por exemplo, o diodo da figura 05 (M7) pode ser facilmente soldado em uma footprint de um componente 1206.
Entretanto, o diodo pode vir em alguns formatos diferentes. Um deles é o encapsulamento SOD (Small Outline Diode) e outro é o DO-214AC, como é o caso do diodo da imagem acima.
O diodo retificador SMD (M7) é compatível com o diodo 1N4007 que suporta a maior tensão reversa, por isso pode substituir todos os demais retificadores desta série, que são. 
  • Corrente =1A, 
  • Tensão Reversa = 1000V
A mesma questão de dimensionamento parecido acontece com os LEDs. Mas, normalmente, eles são informados utilizando a notação de milímetro. Veja alguns deles figura 06.
Figura 06 - Led 3528 e 1210.
O LED SMD é encapsulado em um chip com dimensões de 2,8 mm x 3,5 mm e é chamado de 3528 SMD.Também existe outros tamanhos como 2835SMD, 4014SMD, 5730SMD, etc.
Os LED SMD de tamanho grande, como o 5050 SMD, possui 3 chips de diodo, cada um com uma cor diferente encapsulada (por exemplo, vermelho, verde, azul). Assim, o 5050 SMD pode ser combinado para criar luzes coloridas.






Capacitor eletrolítico de alumínio e de tântalo
Figura 07 - Capacitor Eletrolítico
Além do capacitor cerâmico mostrado na figura 01, existem os capacitores de alumino e de tântalo que possuem diferentes encapsulamentos. Veja na figura 07 o formato do encapsulamento do capacitor eletrolítico.
O encapsulamento destes componentes não possui um nome definido. Na realidade, eles podem ser especificados por um letra que define suas dimensões. Entretanto, o capacitor de tântalo possui um encapsulamento bem parecido com o dos resistores e capacitores cerâmicos.
Além das letras, os capacitores eletrolíticos de alumínio podem ser especificados da seguinte forma: D4.0XH5.5. Onde o primeiro número (4.0) define o diâmetro do capacitor e o segundo (5.5) define a altura do mesmo. No capacitor eletrolítico há a indicação do polo negativo.
Veja na figura 08 o formato do encapsulamento do  capacitor de tântalo. 
Figura 08 - Capacitor de Tântalo
Os capacitores de tântalo podem ser especificados da mesma forma que os resistores e capacitores cerâmicos (comprimento x largura, mas em milímetros): 3216, 3528, 6032 e 7343. No capacitor de tântalo há a indicação do polo positivo.
Interpretando o capacitor de tântalo, seu valor nominal é: 10 * 10^7. Ou seja, é um capacitor de 100.000.000pF ou 100uF com 40 milésimo de polegada de largura por 31 milésimo de polegada de altura.

Transistores e CIs de poucos pinos
Figura 09 - Encapsulamento
de transistores.
Assim como no PTH, tanto os transistores quanto alguns circuitos integrados de poucos pinos, possuem o mesmo tipo de encapsulamento SMD. Este tipo de encapsulamento é chamado de SOT (Small Outline Transistor) e existem vários encapsulamentos SOT, como: SOT-23, SOT-89, SOT-143, SOT-223 etc… Veja alguns exemplos na tabela da figura 09.
Os encapsulamentos acima são bem comuns, o da esquerda é o SOT-23 e o da direita é o SOT-223.
Além dos transistores, estes encapsulamentos também são utilizados em diodos e reguladores de tensão. Alguns deles são mais adequados para dissipar potência, como é o caso do SOT-223 que possui uma maior área metálica para este objetivo.
Circuitos Integrados
Figura 10A - Encapsulamento
de circuitos integrados.
Os circuitos integrad os mais complexos podem vir nos seguintes formatos: SOIC (Small Outline Integrated Circuit) e SOP (Small Outline Package): Os dois encapsulamentos são bem parecidos, mudando apenas alguns espaçamentos.
São encapsulamentos que possuem duas fileiras de pinos paralelas. A quantidade de pinos é variável e ela define o nome do encapsulamento. Por exemplo, um CI de 16 pinos terá um encapsulamento SOIC-16 ou SOP-16.


QFP (Quad Flat Package)
Figura 10B - Encapsulamento
de circuitos integrados.
Possui 4 fileiras de pinos, uma em cada lado do CI. A quantidade de pinos é variável e ela define o nome do encapsulamento. Por exemplo, um CI de 80 pinos terá um encapsulamento QFP-80. Existem vários subtipos deste encapsulamento, como: TQFP, LQFP, BQFP, etc… 
Um muito comum de ser encontrado é o TQFP.

PLCC (Plastic Leaded Chip Carrier)
Possui 4 fileiras de pinos, uma em cada lado do CI. A diferença entre este e o QFP é que aqui os terminais ficam “dobrados”.
A quantidade de pinos é variável e ela define o nome do encapsulamento. Por exemplo, um CI de 68 pinos terá um encapsulamento PLCC-68.

LCC (Leadless Chip Carrier)
Figura 10C - Encapsulamento
de circuitos integrados.
Possui 4 fileiras de conexões, uma em cada lado do CI. Neste caso, os terminais são substituídos por conexões de cerâmica (superfícies de contato).
A quantidade de pinos é variável e ela define o nome do encapsulamento. Por exemplo, um CI de 68 pinos terá um encapsulamento LCC-68.

BGA (Ball Grid Array)
Figura 11 - Encapsulamento
BGA.
Possui todos os seus pinos na parte debaixo do CI. Os pinos são pequenas esferas dispostas em um certo arranjo (array). Este tipo de encapsulamento é muito utilizado em CIs de alta complexidade como os processadores, que é o caso do CI da figura 11.

© Direitos de autor. 2014: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 10/03/2014.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

ER 06.1 - Transmissor de FM

Na figura temos um exemplo de aplicação de modulador por diodo varicap num pequeno transmissor experimental para a faixa de FM de 88 a 108 MHz.
Para a faixa de frequências indicada a bobina do transmissor é formada por 4 espiras de fio esmaltado 22 ou mesmo fio comum de capa plástica rígido com diâmetro de 1 cm e sem núcleo.
O trimmer, que pode ter qualquer valor máximo entre 20 e 50 pF, faz o ajuste da frequência central de operação do transmissor.
Após amplificação do sinal do microfone feito pelo FET BF245, temos o transistor Q2 que pode ser o BF494 para uma versão de pequena potência com um alcance de até 100 metros, caso em que o resistor de emissor deve ter o valor de 150R.
Para maior potência, temos Q3 e Q4, onde utilizamos o transistor 2N2222. Neste caso, o alcance pode chegar a 1 000 metros, mas o resistor de emissor deve ser de 33R x 1W. O transistor nesta versão deve ter um pequeno radiador de calor.
A antena pode ser um pedaço de fio rígido ou do tipo telescópico com comprimento entre 20 cm e 60 cm. Os capacitores do transmissor devem ser todos cerâmicos de boa qualidade.
Para circuitos transmissores em que o sinal é gerado numa etapa e depois amplificado por uma ou mais etapas de potência, a modulação deve ser feita na etapa osciladora, exatamente como na configuração que mostramos.
Para usar o modulador, aplique o sinal de áudio na sua entrada e ajuste tanto RV1 para obter a melhor modulação sem distorção do sinal no receptor. A sobremodulação causa distorções e, além disso, gera interferências com a perda de potência do transmissor, pois o sinal não se concentra na faixa desejada.

O diagrama elétrico do Transmissor de FM está disponível em: 20_09_02 CE Transmissor de FM.

O layout da placa de circuito impresso do Transmissor de FM  está disponível em: 20_09_02 PCB Transmissor de FM.

A Mascára dos componentes da placa de circuito impresso do Transmissor de FM  está disponível em: 20_09_02 Silk Transmissor de FM.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/09/2020.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

ER 05.3 - Controle de Farol Marítimo do Reino Unido.

Este circuito foi projetado para controlar um farol marítimo que irá piscar uma lâmpada em uma seqüência simples: dois flashes de 2s com um pequeno intervalo de 1s, seguido por um intervalo maior de 5s antes de repetir a sequência.
Figura 01 - Circuito Eletrônico.
O temporizador 555 é conectado como um astável para fornecer pulsos de clock para o contador 4017. O 4017 tem dez saídas (Q0 a Q9) e cada uma torna-se alto (‘on’), por sua vez, à medida que os pulsos de clock são recebidos. 
Saídas Q0, Q1, Q3 e Q4 são combinados com diodos para produzir a seqüência de flash. Um transistor amplifica a corrente para alimentar a lâmpada, ou LED, se preferir (um resistor de 470R deverá ser incluído no layout da placa de circuito impresso).
Figura 02 - Sequência de operação do farol.
O timpot de 1M controla o período de tempo (T) do 555 astável de cerca de 0,1 a 1,5s, como exemplo, ajuste T = 1s.
Para uma sequência de flash diferente, conecte os diodos para combinar diferentes saídas 4017 (Q0-Q9). Se o total Se não for necessário contar de 0 a 9. Uma das saídas pode ser conectada à entrada de reset (pino 15). Por exemplo conectar o Q8 (pino 9) ao reset (pino 15) reduz o longo intervalo no final da sequência para 3s (com T = 1s).
O diagrama elétrico do Controle de Farol Marítimo com CI NE555 está disponível em: 18_11_02 Controle de farol marítimo do Reino Unido.

O layout da placa de circuito impresso do Controle de Farol Marítimo com CI NE555 está disponível em: 18_11_02 PCB Controle de farol marítimo do Reino Unido.

A Mascára dos componentes da placa de circuito impresso Controle de Farol Marítimo com CI NE555 está disponível em: 18_11_02 Silk Controle de farol marítimo do Reino Unido.

Este projeto está disponível em:  18_11_02 Controle_de_farol_Marítimo.

© Direitos de autor. 2018: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 13/11/2018.

Referência: electronicsclub.info - © John Hewes 2015

terça-feira, 7 de julho de 2020

ER 05.2 -Sirene de Alerta Vermelho do Seriado Star Trek

Este circuito simula a sirene “Red Alert” – “Alerta Vermelho” do seriado de TV Star Trek. Ela é baseado no circuito integrado temporizador 555, usa dois temporizadores 555 e dois transistores comum no circuito para fazer o som da sirene.
O circuito é simples, mas seu resultado é bem idêntico ao original. O 555 à direita é ligado como um gerador de tom de alarme e o segundo temporizador 555 à esquerda é ligado como um astável não-simétrico de 1,5 segundo, ele que gera uma forma de onda de dente de serra.
Esta forma de onda é controlada pelo transistor e usada para modular o gerador de tom e fazer sua frequência aumentar lentamente durante o ciclo do sinal de dente de serra. Com isso a saída começa como baixa frequência, sobe por 1,15 segundos para um tom alto, cessa por 0,35 segundos e, em seguida, repete o ciclo.

O diagrama elétrico da Sirene de Alerta Vermelho com CI NE555 está disponível em: 20_09_01 CE Sirene de Alerta Vermelho.

O layout da placa de circuito impresso da Sirene de Alerta Vermelho com CI NE555 está disponível em: 20_09_01 PCB Sirene de Alerta Vermelho.

A mascára dos componentes da placa de circuito impresso da Sirene de Alerta Vermelho com CI NE555 está disponível em: 20_09_01 Silk Sirene de Alerta Vermelho.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/09/2020

segunda-feira, 6 de julho de 2020

ER 05.1 -Sirene de Polícia do Reino Unido

Este circuito foi encontrado numa Radio Electronics de julho de 1990. O circuito produz o som da sirene de polícia inglesa, com reprodução num alto-falante.
O que temos são dois osciladores com o 555, sendo um responsável pela modulação e o outro responsável pelo tom final.
Os resistores são de 1/8 W e o capacitor eletrolítico deve ter tensão de trabalho de 16 V ou mais.

O diagrama elétrico da Sirene de polícia inglesa com CI NE555 está disponível em: 20_09_02 CE Sirene de polícia inglesa.

O layout da placa de circuito impresso da Sirene de polícia inglesa com CI NE555 está disponível em: 20_09_02 PCB Sirene de polícia inglesa.

A mascara dos componentes da placa de circuito impresso da Sirene de polícia inglesa o com CI NE555 está disponível em: 20_09_02 Silk Sirene de polícia inglesa.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/09/2020

quinta-feira, 2 de julho de 2020

ER 04.4 - Semáforo de 4 vias do Reino Unido

O circuito é construído a partir do circuito integrado analógico NE555 na configuração astável.
Este projeto acende LEDs vermelhos, âmbar e verdes na sequência correta para um semáforo de quatro vias no Reino Unido. Quando energizado é acionado sequencialmente: vermelho - vermelho e amarelo - verde - amarelo, esta sequência pode variar entre cerca de 7s a 2½ minutos ajustando o trimpot de 1M. Alguns LEDs âmbar emitem luz quase vermelha, então você pode preferir usar um LED amarelo.
O circuito astável NE555 fornece pulsos para o contador 4017 que tem dez saídas (Q0 para Q9). Cada saída torna-se alta, por sua vez, quando os pulsos são recebidos. Saídas apropriadas são combinadas com diodos para energizar os LEDs vermelho, amarelo e verde nas direções norte, sul leste e oeste.
Norte                    Leste
   Sul                      Oeste
A contagem avança quando a entrada do clock se torna alta (na borda de subida). Cada output (saída) Q0-Q9 é alta quando a contagem avança. Para algumas funções (como sequências de flash), as saídas podem ser combinadas usando diodos .
A entrada de reset deve ser baixa (0V) para operação normal (contando de 0 a 9). Quando alto, redefine a contagem para zero (Q0 alto). Isto pode ser feito manualmente com um interruptor entre reset e + Vs e um resistor de 10k entre reset e 0V. A contagem para menos de 9 é obtida conectando a saída relevante (Q0-Q9) para resetar, por exemplo, para contar 0,1,2,3 conectando Q4 para resetar.
A entrada de disable deve ser baixa (0V) para operação normal. Quando alto, desativa a contagem, de modo que pulsos de clock são ignorados e a contagem é mantida constante.
A saída ÷10 output é alta para a contagem de 0-4 e baixa para contagem de 5-9 para baixo, por isso, fornece uma saída a 1 / 10 da frequência de clock. Ele pode ser usado para acionar a entrada de clock de outro 4017 (para contar as dezenas).

O projeto do semáforo com CI NE555 está disponível em: 18_11_04 Semáforo de quatro vias do Reino Unido.

O diagrama elétrico do semáforo com CI NE555 está disponível em: 18_11_08 CE Semáforo de quatro vias do Reino Unido.

O layout da placa de circuito impresso do Semáforo de quatro vias do Reino Unido com CI NE555 está disponível em: 18_11_08 PCB Semáforo de quatro vias do Reino Unido.

A Mascára dos componentes da placa de circuito impresso do Semáforo de quatro vias do Reino Unido com CI NE555 está disponível em: 18_11_08 Silk Semáforo de quatro vias do Reino Unido.

© Direitos de autor. 2018: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 09/11/2018.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

ER 04.3 - Semáforo de via única do Reino Unido

O circuito é construído a partir do circuito integrado analógico NE555 na configuração astável.
Figura 01 - Circuito Eletrônico.
Este projeto acende LEDs vermelhos, âmbar e verdes na sequência correta para um semáforo de via única no Reino Unido. Quando energizado é acionado sequencialmente: vermelho - vermelho e âmbar - verde - âmbar, esta sequência pode variar entre cerca de 7s a 2½ minutos ajustando o trimpot de 1M. Alguns LEDs âmbar emitem luz quase vermelha, então você pode preferir usar um LED amarelo.
O circuito astável NE555 fornece pulsos para o contador 4017 que tem dez saídas (Q0 para Q9). Cada saída torna-se alta, por sua vez, como os pulsos são recebidos.
Saídas apropriadas são combinadas com diodos para energizar os LEDs âmbar e verde. o LED vermelho está ligado à saída ÷ 10, que é alta para as primeiras 5 contagens (Q0-Q4 alta), isso economiza o uso de 5 diodos para vermelho e simplifica o circuito.

A contagem avança quando a entrada do clock se torna alta (na borda de subida). Cada output (saída) Q0-Q9 é alta quando a contagem avança. As saídas são combinadas usando diodos .
A entrada de reset deve ser baixa (0V) para operação normal (contando de 0 a 9). Quando alto, redefine a contagem para zero (Q0 alto). Isto pode ser feito manualmente com um interruptor entre reset e + Vs e um resistor de 10k entre reset e 0V. A contagem para menos de 9 é obtida conectando a saída relevante (Q0-Q9) para resetar, por exemplo, para contar 0,1,2,3 conectando Q4 para resetar.
A entrada de disable deve ser baixa (0V) para operação normal. Quando alto, desativa a contagem, de modo que pulsos de clock são ignorados e a contagem é mantida constante.
A saída ÷10 output é alta para a contagem de 0-4 e baixa para contagem de 5-9 para baixo, por isso, fornece uma saída a 1 / 10 da frequência de clock. Ele pode ser usado para acionar a entrada de clock de outro 4017 (para contar as dezenas).

O diagrama elétrico do semáforo de via única com CI NE555 está disponível em: 18_11_08 CE Semáforo de via única do Reino Unido.

O layout da placa de circuito impresso do Semáforo de via única do Reino Unido com CI NE555 está disponível em: 18_11_08 PCB Semáforo de via única do Reino Unido.

A Mascára dos componentes da placa de circuito impresso do Semáforo de via única do Reino Unido com CI NE555 está disponível em: 18_11_08 Silk Semáforo de via única do Reino Unido.

Este projeto está disponível em: 18_11_01 Traffic_Light_SRG.

© Direitos de autor. 2018: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 09/11/2018.

Referência: electronicsclub.info - © John Hewes 2015