segunda-feira, 25 de março de 2024

Aula 08.1 - Indutores axiais

Atualmente encontramos indutores encapsulado que são muito similares aos resistores, no entanto a cor do corpo é verde "cítrico" ou azul "piscina" com valores comerciais de 0,1 µH a 100 mH, codificado com código de cores. Usado em uma grande variedade de circuitos como: osciladores, filtros e outros.
Indutores axiais, também são chamados de micro-choques, normalmente possuem o corpo na cor verde, desta forma, é fácil de identificar estes componentes. Nem sempre os indutores utilizam a cor verde entre as listras, podendo então serem confundidos com os resistores comuns. 
A aparência e o sistema de identificação dos indutores axiais é semelhante ao dos resistores. 
Existem indutores axiais com 3 ou com 4 listras, sendo que a tabela de cores não muda muita coisa. A tabela de cores é de especificação militar, onde há uma faixa extra prateada e mais larga que as demais.

EXEMPLO 1: Veja o indutor abaixo e note suas faixas:

A faixa vermelha vale "2", a faixa violeta vale "7" e o marrom vale "1". Concatenando os dois primeiros valores temos 27 multiplicado por 10, ou seja, 270µH. Por ter a última faixa com a cor preta, este indutor tem uma tolerância de +/- 20%.
Por ser um indutor, ao liga-lo em um multímetro digital com a escala de resistência selecionada, a resistência será extremamente baixa. Se a resistência for 270 Ohms, aí sim estamos com um resistor em mãos!
EXEMPLO 2: Veja o indutor abaixo e note suas faixas:

A faixa prata indica que é um componente especial (militar). As outras cores são as mesmas do exemplo acima, ou seja, vai dar uma indutância de 270µH. A última faixa tem cor laranja, portanto a tolerância é de +/- 3%.

Para valores menores que 10µH, a cor dourada pode ser usada nas faixas 1 e 2 no caso dos axiais comuns, e nas faixas 2 e 3 no caso dos indutores axiais especiais (militares). Para estes casos, a cor dourada indica o ponto decimal, enquanto que a quarta faixa que representaria o número multiplicador serve para o segundo digito. Por exemplo, um indutor com as faixas "Vermelho / Dourado / Vermelho" vale 2.2µH, enquanto um indutor "Dourado / Vermelho / Vermelho" vale 0,22µH.
Existem indutores axiais com 3 ou com 4 listras, sendo que a tabela de cores não muda muita coisa. A tabela de cores é de especificação militar, onde há uma faixa extra prateada e mais larga que as demais.
A faixa prateada é a primeira, as restante seguem o mesmo padrão da tabela para indutores de 4 faixas.

Código de cores de indutores disponível em: 24_04_04 Código de cores indutores axiais.

Informações sobre Indutores Axial podem ser obtidas no link: 19_05_01 Indutor Axial Moldado .
Informações sobre Indutores Radial podem ser obtidas no link: 19_05_02 Indutor Radial (Choke) .
Informações sobre Indutores Tambor podem ser obtidas no link: 23_04_03 Indutor Tambor Moldado .

Há no link á seguir um resumo de informações sobre indutores elaborado pelo Prof. Sinésio Raimundo Gomes que pode ser baixada emAula 24 - Tudo sobre Indutores.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 13/02/2021

sexta-feira, 22 de março de 2024

Aula 08 - Formas construtivas de Indutores

Indutor ou Bobina é nada mais do que fio de cobre em espiral. Este símbolo é usado para indicar uma bobina em um diagrama de circuito. Valor da indutância é designado em unidades chamadas de Henry (H). Quanto mais fio a bobina contém, mais forte torna as suas características. O valor da indutância pode se tornar ainda maior se a bobina é enrolada em torno de um núcleo de ferro ou de ferrite.
Bobinas usadas em circuitos elétricos típicos variam muito em valores, de alguns micro-henry (mH) para muitos henry (H). Indutância é a medida da força de uma bobina. Quando se altera a corrente flui através de uma bobina, o fluxo magnético que ocorre na bobina também se altera.
Para calcular o valor da indutância de uma bobina utilizamos a fórmula da figura 02 - Fórmula para cálculo de indutores.
Onde:   L é a indutância em Henries
             N é o número de voltas do indutor
             Φ é o fluxo magnético
             Ι é a corrente elétrica em Amperes
Esta expressão também definida relação entre o número de espiras N e o fluxo magnético, (NΦ) dividida pela corrente, pois o mesmo valor da corrente flui através de cada volta da bobina. 
Outra maneira de calcular o valor da indutância de uma bobina é através de suas características construtivas mostrado na fórmula da figura 03.
Figura 03 - Fórmula para
cálculo de indutores.
Onde:   L é a indutância em Henries;
             N é o número de voltas do indutor;
             A é a área do núcleo;
             l é o comprimento;
             μ é a permeabilidade;

Permeabilidade Magnética é uma grandeza magnética, representada por µ (letra minúscula grega, lê-se “miú”), que permite quantificar o “valor” magnético duma substância. A sua unidade é H / m (henry por metro).
As substâncias ferromagnéticas têm valores da permeabilidade relativa muito superiores a 1.
O ferro macio tem uma permeabilidade relativa inicial (sem corrente na bobine) de 250, ou seja, os seus efeitos magnéticos são 250 vezes superiores ao do ar. Com o aumento da intensidade de corrente, o seu valor aumenta e atinge o valor máximo de 6000 a 6500 (quando o material satura). Aumentando mais a intensidade de corrente, o seu valor diminui.
O permalloy (liga de ferro e níquel) tem um valor inicial de 6000 e máximo de 80 000.
As substâncias paramagnéticas têm valores da permeabilidade relativa ligeiramente superiores a 1. Para o ar é de 1,000 000 37. Como se vê, é um valor muito próximo do correspondente ao vazio.
Para o alumínio é 1,000 02.
As substâncias diamagnéticas têm valores da permeabilidade relativa ligeiramente inferiores a 1. Para a água é 0,999 991 e para o cobre é 0,999 990.
Quando uma segunda bobina é colocada perto da primeira bobina (com mudança do fluxo), a tensão alternada é levado a fluir na segunda bobina por um efeito conhecido como "indução mútua." Indutância mútua (indutância) é medida em unidades do Henry. O fluxo magnético variável numa bobina afeta em si, bem como outras bobinas. Isso é chamado de auto indução. Auto-indutância é comumente referido como simplesmente "indutância", e é simbolizado por "L". A unidade de indutância é o Henry (H).
A definição de "Henry" é "Quando uma corrente de um fluxo de ampères através de uma bobina dada em 1 segundo de tal forma que 1 volt é induzida para o fluxo de uma segunda bobina, a indutância mútua entre as bobinas é dito ser um Henry."
Característica de bobinas: Quando a corrente começa a fluir na bobina, a bobina resiste ao fluxo. Quando corrente diminui, a bobina faz corrente continue a fluir (brevemente) à taxa anterior.
Isso é chamado de "lei de Lenz". 'O sentido da corrente induzida na bobina é tal que se opõe a mudança no campo magnético que produziu ele.'
Esta característica é utilizada para o circuito de filtro de ondulação da fonte de alimentação em que transforma a corrente alternada (AC) para corrente contínua (DC). Quando um retificador é usado para fazer DC a partir de AC, a saída do retificador sem um circuito de filtro de ondulação é atual. Corrente DC pulsante tem um componente AC grande. Um circuito de filtro muitas vezes combina bobina e capacitores. A bobina resiste à variação da corrente e capacitores suplementa o fluxo de corrente através do circuito de descarga em que a tensão de entrada cai. Assim a ondulação é diminuída a partir do circuito de filtro.

Há uma lista de exercícios para identificação de indutores: 24_04_03 R3 Tipos de Indutores

Há no link á seguir um resumo de informações sobre indutores elaborado pelo Prof. Sinésio Raimundo Gomes que pode ser baixada emAula 06 - Tudo sobre Indutores.

© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/04/2019

segunda-feira, 18 de março de 2024

EX 07.3 - Circuito de diferenciação RC - Parte Prática


Este circuito é usado quando queremos perceber variação de sinal tendo a ver com o impulso do sinal de entrada de onda quadrada. 
O circuito desta forma é utilizada para interromper interferências em relação ao sinal de corrente direta entre os circuitos. Aplicação: Circuito de mudança de tensão de dispositivo de detecção de velocidade do carro.

A carga eléctrica começa a armazenar-se um capacitor(C), quando a tensão é aplicada à entrada. A corrente elétrica que flui para o capacitor quando a carga elétrica é armazenada diminui.

A alteração da corrente eléctrica que flui através do capacitor (C) e da resistência (R), é exigida pela seguinte fórmula.

    i = (V/R)e-(t/CR)
I  :  A corrente eléctrica que muda no tempo em amperes (A)
V  :  A tensão aplicada (V)
R  :  O valor da resistência (ohm)
C  :  O valor do condensador (F)
e  :  A base do logaritmo natural (2,71828)
t  :  O tempo decorrido após o início de carregamento (seg)
CR  :  O tempo capacitiva constante (C x R)
A alteração da tensão que aparece nos dois bordos da resistência (R), torna-se a seguinte fórmula. iR = V [e - (t / CR)]. Trata-se da seguinte forma, quando a exibir a fórmula acima, no gráfico. 


© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2019

sexta-feira, 15 de março de 2024

EX 07.2 - Circuito de Integração RC - Parte Prática


Este circuito é usado quando é necessário atrasar a subida do sinal de onda quadrada. Além disso, no caso em que tem uma variação rápida do sinal de entrada, utilizamos este circuito para se ter na tensão de saída uma variação de forma gradual.
A figura ao lado foi feita na seguinte condição. Frequência: 50Hz; Resistência: 10K ohms e Capacitor: 0.22μF.
A carga eléctrica começa a armazenar-se no capacitor (C), quando a tensão é aplicada à entrada. A corrente elétrica que flui pelo capacitor provoca o aumento da carga elétrica que é armazenada e a corrente diminui.
A variação da corrente elétrica que flui através do capacitor (C) e da resistência (R) obedece a seguinte fórmula:  i = (V/R) e -(t / CR);
onde i : é a corrente eléctrica que muda no tempo em ampéres (A);
V: a tensão aplicada em volts (V);
R: O valor da resistência em ohm;
C: O valor do capacitor em farads (F);
e: A base do logaritmo natural (2,71828);
t: o tempo decorrido após o início de carga em segundos (s);
CR: a contante de tempo (C x R).
A alteração da tensão (Vc), que aparece em ambas as extremidades do capacitor (C) torna-se a seguinte fórmula: 
    Vc = V [1 – e -(t / CR) 
e é como se segue no gráfico. O cálculo da exponencial pode ser calculado com o botão Exp da aplicação da calculadora científica.

© Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2019





segunda-feira, 11 de março de 2024

EX 07.1 - Carga e descarga de Capacitores - Parte Prática

A carga elétrica (Q) armazenada por um capacitor (C) é dada por: Q = C.V . Onde: C é a capacitância em Farad, V é a  tensão elétrica em Volts e a unidade de carga elétrica é Coulomb. Exemplo: Q = 100µF .12V = 1200µC. 
A energia elétrica armazenada pelo capacitor será:   W = C.V.V / 2 =>  w = 100µ.12.12/ 2     =>    w = 100.10-6.144 / 2 => W = 0,0072 joule.
Para carga e descarga de capacitores usamos o circuito abaixo: A função do resistor R é controlar o tempo de carga do capacitor. O tempo de carga depende diretamente do produto RC. Após uma constante de tempo RC, o capacitor carrega com 63,2% da tensão da fonte.( 63,2% de V ).
R.C = 100.103. 100.10--6  =>  R.C =10000.10--3 = 10 segundos.
Após 5.R.C, o capacitor está praticamente carregado com a tensão da fonte (99,3% de V ).
t = 5.R.C = 5. 100.103. 100.10--6 => t =  50000.10--3 segundos => t = 50 segundos
Para controlar o tempo de descarga liga-se um resistor em paralelo com o mesmo. A função do resistor R é controlar o tempo de descarga do capacitor e este depende diretamente do produto RC. Após uma constante de tempo RC, o capacitor perde 63,2% da sua carga.(ainda tem 36,8% da carga inicial). Após 5.R.C, o capacitor estará praticamente descarregado.  (terá somente 0,7% da carga inicial). 
Com a chave na posição 1, o capacitor carrega através do resistor R1 e com a chave na posição 2 descarrega através do resistor R2. Se  R1 = R2,  o  tempo de carga é igual ao tempo de descarga.
Para a carga e a descarga tem-se uma função exponencial. No início do processo, a tensão varia rapidamente num pequeno intervalo de tempo e no final do processo, a tensão varia lentamente num grande intervalo de tempo.

  • A tensão na carga do capacitor é calculada por: Vc = V ( 1 - e-(t/RC) ) [V] ;
  • A tensão na descarga do capacitor é calculada por: Vc = V (  e-(t/RC) ) [V] ;

  • Parte Prática: Monte o circuito e com o capacito descarregado, acione a chave e o cronômetro. Determine e anote o instante em que cada tensão for atingida, anote os valores em uma tabela.

    Vcc = 10 Volts
    Resistor = 10 KW
    Capacitor = 1000 mF
    RC =
    Volts (V)
    1
    2
    3
    4
    5
    6
    7
    8
    9
    10
    Tempo (s)











    No link a seguir há o exercício de aplicação: 24_04_32 Aplicação de carga e descarga de Capacitor

    Há uma calculadora online para constante de tempo em circuitos RC disponível em: Digikey_Calculators_Electronic .

    © Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/04/2024

    sexta-feira, 8 de março de 2024

    Aula 07.4 - Condensador - "Capacitores Antigos"

    Praticamente em todos os equipamentos eletrônicos e até em elétricos são empregados os capacitores. Também chamados de condensadores, eles são componentes eletrônicos capazes de armazenar cargas elétricas (capacitâncias).
    O uso de capacitores vem de longa data, por esta razão, na medida em que a eletrônica foi evoluindo foram surgindo diversas variações. Já tivemos capacitor de mica, cerâmico, eletrolítico, de poliéster, de poliéster metalizado, capacitor de 
    Figura 01 - Capacitores de mica.
    poliestireno ou "styroflex", capacitor a óleo e outros, cada um indicado para aplicações diferentes.

    Capacitores de Mica

    Os capacitores de mica foram inventados em 1909 por William Dubilier. No inicio do desenvolvimento dos circuitos eletroeletrônicos, a Mica era o dielétrico mais comumente  utilizados para capacitores nos Estados Unidos. Apesar de ser um material excelente para este fim, a Mica é um mineral não muito abundante na natureza. 
    Basicamente, um capacitor de mica é uma fina chapa de silicato disposta sobre um filme metálico, podendo ser Alumínio, Cobre ou Prata. Assim como nos capacitores de plástico, há dois filmes metálicos, um para cada eletrodo. Este tipo de capacitor não possui polo positivo e negativo definido, podendo ser colocado em qualquer posição no circuito. 
    Tabela 01 - Código de cores de
    Capacitores de mica
    .
    O capacitor de mica é excelente para aplicações de radiofrequência, sendo excelente em qualquer aplicação de alta frequência. São capacitores bastante precisos, estáveis no quesito temperatura, com baixa tolerância e com capacitância na ordem de algumas centenas de pico Farads.
    Capacitores de mica também costumam ter tensão de isolamento elevada e possuem uma vida útil extensa. Por exemplo, os capacitores na imagem de capa do artigo possuem uma tensão de ruptura de 500 Volts.
    O invólucro do componente, isto é, a proteção contra poeira e danos é uma capa de poliepóxido, geralmente. Após o 'miolo' com os eletrodos e os dois terminais estarem prontos, o componente é mergulhado no poliepóxido não curado.
    Capacitores de mica antigos também utilizavam cores para a identificação. A pintura em sua carcaça era um pouco diferente. Abaixo, a tabela de cores e o esquema para identificar o componente.
    Em meados da década de 1920, a escassez do mineral na Alemanha e a experiência com Porcelana - uma classe especial de cerâmica - levaram aos primeiros capacitores usando cerâmica como dielétrico, fundando uma nova família, a de capacitores de cerâmica.
    Informações sobre Capacitores d mica podem ser obtidas no link: 23_03_01 Capacitor de Mica. 

    Capacitor cerâmico "Plate"

    Figura 02 - Capacitores "Plate".
    O pequeno capacitor quadrado de 18pF é um capacitor tipo Plate. Plate é um tipo de capacitor cerâmico cujas principais vantagens e características são: tamanho ultra reduzido, grande estabilidade no valor da capacitância, baixo custo e uma estreita faixa de tolerância (+/-2% nos capacitores NP0, ou TC, Temperatura Compensada). É um capacitor bastante usado em circuitos de VHF e UHF pelo seu tamanho reduzido e estabilidade. Na tabela abaixo temos os principais tipos de capacitor plate. 
    A cor do corpo do capacitor e a faixa colorida que esta no topo, determina qual o tipo de capacitor e suas características, conforme a tabela.
    Embora a tabela fale a partir de 1,8pF, você encontrará capacitores Plate de 0,56pF até 22nF. Os valores entre 0,56pF e 820pF são marcados com o valor e a letra "p" minúscula. Valores de 1nF a 22nF vem marcados com o valor e a letra "n" minúscula. Mas também podem vir marcados com a letra "n" minúscula, na foto acima temos alguns exemplares com esta marcação.
    Tabela 02 - Código de cores de
    Capacitores "Plate"
    .
    Na comunidade eletrônica há alguns que elogiam e outros que reclamam dos capacitores plate. Em lugares muito úmidos eles se deterioravam com facilidade, mas ao mesmo tempo apresentavam baixa tolerância, eram bem pequenos e estáveis. O sistema de identificação destes capacitores era por uma tabela de cores, que é apresentada acima.
    Neste link você pode baixar o datasheet original de 1974 dos capacitores plate fabricados pela Ibrape: 23_03_01 Capacitores Plate.

    Capacitor cerâmico tubular

    Figura 03 - Capacitores "Tubular".
    O uso mais comum deste tipo de capacitor, era em circuitos sintonizados ou para desacoplamento. O valor é impresso diretamente no corpo do capacitor. Quando na lateral deste houver uma marca preta, quer dizer que são do tipo NP0 e se for roxa, é do tipo N750. Se não houver marca colorida nas pontas, será do tipo "GP", "S" ou "GMV".  No datasheet há referencias a algumas abreviações:
    • TC = Temperatura Compensada
    • GP = Uso Geral (General Purpouse)
    • GMV = Valor mínimo garantido (Granted Minimum Value)
    Um lugar que ainda pode-se ver esse tipo de capacitor tubular, são em bobinas de FI de rádios transistores, na parte debaixo da forma da bobina, sempre tem um pequeno capacitor tubular.
    Para maiores detalhes consulte o datasheet disponibilizado aqui, que é o mesmo dos capacitores do tipo "pin-up" no link: 23_03_04 Capacitores cerâmico tubular.


    Capacitores "zebrinha"
    Modelos mais antigos de capacitor, geralmente fabricados pela Ibrape usam o sistema de código de cores. Estes eram conhecidos como "zebrinha" devido a suas listras coloridas. Este sistema usa 5 faixas coloridas que indicam o valor, tolerância em % e a tensão de máxima de trabalho.
    Figura 04 - Capacitores "Zebrinha".
    A leitura é feita de cima para baixo e segue o mesmo sistema utilizado nos resistores, onde as duas primeiras listras indicam os dois primeiros dígitos do valor, a terceira indica o numero de zeros, a quarta a tolerância e por fim a quinta listra indica a tensão de isolação. Estes capacitores de poliéster estão disponíveis com valores desde 1nF ate 4,7µF . 

    Apesar do seu desuso em circuitos de nova geração pode ainda ser muito útil na indústria e em equipamentos antigos que necessitem de reparos.
    Informações sobre Capacitores Ibrape podem ser obtidas no link: 23_03_04 Capacitores Ibrape.


    Capacitor cerâmico "Pin-Up"

    Figura 05 - Capacitores "Pin-Up".

    Por fim falta falar dos "esquisitos" que estão a na foto ai a direita. Trata-se de um capacitor cerâmico "Pin-Up" de fabricação da Ibrape, antiga divisão de componente da Philips, que eram muito utilizados em equipamentos philips. É um capacitor cerâmico tubular, que era muito utilizado para desacoplamento.
    Obviamente este tipo de capacitor não é mais fabricado, mas ainda é possível encontrá-lo em sucatas.
    No datasheet há referencias a algumas abreviações, as quais "traduzo" abaixo:
    • TC = Temperatura Compensada
    • GP = Uso Geral (General Purpouse)
    • GMV = Valor mínimo garantido (Granted Minimum Value)
    A leitura de seu valor segue o código de cores e o mesmo sistema utilizado nos resistores. Tem a tabela de cores no datasheet acima ou mais pra baixo na sessão dedicada aos capacitores de poliéster, apenas ignore no caso desta tabela as listras 4 e 5, pois os capacitores Pin-Up tem apenas 3 ou 4 listras e o significado da 4 listra é diferente, devendo ser consultado no datasheet abaixo.
    O capacitor cerâmico "Pin-Up" Também não é mais fabricado, e deve ser impossível encontrar mesmo em estoques antigos. O mais provável é encontrar em sucatas de TV valvulada Philips ou outras sucatas de equipamentos valvulados.
    Você pode pegar o datasheet colorido de 1971 destes capacitores da Ibrape no link: 23_03_04 Capacitores "Pin-Up".

    Capacitor de Poliestireno ou "Styroflex"

    Figura 06 - Capacitores "Styroflex".
    Este capacitor usa como dielétrico o material Poliestireno. As placas metálicas geralmente são feitas de alumínio ou em alguns casos de cobre, que é depositado sobre a folha de poliestireno, tal como nos capacitores de poliéster metalizado formando uma finíssima camada.
    São utilizados principalmente em circuitos onde são exigidas baixas perdas. Além disso, possuem coeficiente de temperatura negativo e constante, sendo adequados para circuitos ressonantes utilizando bobinas com núcleo de ferro. Nesses circuitos, devido aos núcleos de ferrite terem coeficiente de temperatura positivo, consegue-se uma grande estabilidade da freqüência de ressonância com a temperatura.
    São empregados também no acoplamento entre estágios de alta freqüência e filtros RC, capacitor de amostragem para conversores ADC e circuitos osciladores. Proporciona ótima estabilidade em VFO para HF.
    É necessário tomar alguns cuidados ao utilizar e manusear estes capacitores, pois os terminais geralmente são frágeis e partem com muita facilidade, rente ao corpo do capacitor. E também são sensíveis ao calor, por não terem nenhuma proteção mais resistem ao lado de fora de seu corpo, tome cuidado para não tocar o ferro de solda em seu corpo ou colocá-lo perto de fontes intensas de calor, como resistores de fio.
    O valor é expresso em pF (pico-farads), no exemplo ai ao lado o capacitor maior esta marcado 10000K, ou seja é um capacitor de 10000pF ou 10nF, A letra K indica que ele tem tolerância de ±10%. 
    Observe também que alguns dos capacitores da foto acima, apresentam um anel vermelho ou preto em um dos lados do capacitor. Isso não indica que ele é polarizado mas sim o lado preferencial para colocar do lado GND (preto ou sem cor) ou ao +Vcc ou ainda lado com potencial maior. São capacitores de difícil obtenção hoje em dia, mas bastante comuns em sucatas de equipamentos da década de 70 e 80, principalmente de TV a válvula.
    Você pode pegar o datasheet destes capacitores no link: 23_03_04 Capacitores "Styrofles".

    Capacitor "a óleo"

    Um dos mais antigos e raros é o capacitor a óleo. O capacitor a óleo é empregado em equipamentos valvulados, para alta isolação. O capacitor a óleo foi muito utilizado em televisores com válvulas.
    O capacitor a óleo é elaborado com fitas de alumínio enroladas e isoladas com papel saturado com óleo. O capacitor a óleo tem uma tensão de isolação variável entre 600 a 1600V. Também pode ser encontrado em diferentes tipos de capacitâncias. Capacitâncias são quantidades de cargas elétricas.
    Figura 07 - Capacitor a óleo "Cherry".
    Os antigos capacitores Cherry (óleo ou papel) são do tipo tubular com as armaduras de alumínio enroladas tendo no meio uma folha de papel comum ou papel embebida em óleo (óleo). Nesses tipos costuma-se colocar uma marca (anel preto) para indicar a armadura interna, importante quando são usados em áudio. Desta forma, se a ligarmos a terra, ela funciona como blindagem para a interna evitando a captação de roncos nos circuitos de áudio. Pode usar os tubulares de poliéster metalizado em seu lugar que são equivalentes.
    Os capacitores Cherry mais antigos são de óleo (dourados) ou papel (brancos), já não sendo mais fabricados. Atualmente é preciso tomar cuidado com o uso desses tipos de capacitores, pois sendo antigos podem estar deteriorados. Podem apresentar fugas ou mesmo perda da capacitância pela evaporação do dielétrico (óleo) ou do papel que serve como tal, com o tempo.

    Capacitor de papel encerado

    Mais uma raridade é o capacitor de papel encerado. Este tipo de capacitor era muito usado nos primórdios da eletrônica, portanto será muito difícil encontrá-los, exceto se você for restaurar algum radio valvulado muito antigo.
    Eles eram constituídos por um tubo enrolado de papel e folhas metálicas e tudo isso embebido em cera de abelha ou moldado em algum tipo de resina. Quando for o tipo embebido em cera de abelha é fácil reconhecê-los, pois do lado externo sempre há uma camada de cera pegajosa (e sempre lambuzada de sujeira). Uma forma de remover a sujeira e poder ler o valor do capacitor é embeber um pano em WD40 e limpar tudo, porem sem remover muito da camada de cera. Os tipos embebidos em cera de abelha foram os melhores tipos de capacitores de papel já feitos. A fabricação deste tipo data por volta de década de 1930! 

    © Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/03/2023.

    segunda-feira, 4 de março de 2024

    Aula 07.3 - Capacitores Variáveis

    Capacitores variáveis ​​são utilizados  principalmente para ajuste de frequência. Há  capacitores que usam cerâmica como dielétrico e ostros que usam filme de poliéster para o dielétrico.Um dos fios do componente é ligado ao parafuso de ajuste do capacitor. Isto significa que o valor do condensador pode ser afetada pela capacidade de a chave de fendas na sua mão. É preferível utilizar uma chave especial para ajustar estes componentes.Os são capacitores variáveis ao lado tem as seguintes especificações:
    Capacitor 1: 20pF (3PF - 27pF) , [Espessura 6 mm, altura 4,8 milímetros]. 
    Capacitor 2: 30pF (5pF - 40pF medido), [A largura (comprimento) 6,8 mm, a largura (curto) 4,9 mm, e a altura de 5 mm].
    São codificado por cores diferentes. Azul: 7PF (2-9), branco: 10pF (3 - 15), verde: 30pF (5 - 35), marrom: 60pF (8 - 72).Existem vários tipos de capacitores variável, escolhidos de acordo com a finalidade para a qual eles são necessários. Os componentes retratados são muito pequenas.
    Informações sobre Capacitores variáveis podem ser obtidas no link: 19_04_08 Capacitores Variáveis.

    © Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/04/2019

    sábado, 2 de março de 2024

    Aula 07.2 - Capacitores Eletrolíticos

    Capacitores eletrolíticos: O alumínio é utilizado para os elétrodos por meio de uma membrana delgada de oxidação. Grandes valores de capacitância podem ser obtidos, em comparação com o tamanho do capacitor, pois o dielétrico utilizado é muito fino. A característica mais importante de capacitor eletrolíticos é que eles têm polaridade. Eles têm um positivo e um negativo. Isto significa que é muito importante a maneira em que estão ligados. Se o capacitor é submetido à tensão superior a sua tensão de trabalho, ou se ele está conectado com inversão de polaridade, pode estourar. É extremamente perigoso, porque pode literalmente explodir. Geralmente, no diagrama do circuito, o lado positivo é indicado por um símbolo "+" (mais). Capacitores eletrolíticos são comercializados no valor de cerca de 1 micro F a milhares de micro F. Principalmente esse tipo de capacitor é usado como um filtro de ondulação em um circuito de alimentação de energia, ou como um filtro para ignorar os sinais de baixa frequência, etc. Uma vez que este tipo de capacitor é relativamente semelhante à natureza de construção de uma bobina, não é possível utilizar para os circuitos de alta frequência. A fotografia da esquerda é um exemplo de valores diferentes de condensadores eletrolíticos em que a capacitância e tensão diferentes.

    Da esquerda para a direita:
    Capacitor 1: 1 micro F (50V) [diâmetro 5 mm, 12 mm de alta];
    Capacitor 2: 47 micro F (16V) [diâmetro de 6 mm, 5 mm de altura];
    Capacitor 3: 100 micro F (25V) [diâmetro 5 mm, 11 mm de alta];
    Capacitor 4: 220 micro F (25V) [diâmetro de 8 mm, 12 mm de alta];
    Capacitor 5: 1000 micro F (50V) [diâmetro de 18 mm, 40 mm de alta];
    O tamanho do capacitor, por vezes, depende do fabricante. Assim, o tamanhos mostrados aqui nesta página são apenas alguns exemplos. Na foto a marca que indica o condutor negativo do componente. Você precisa prestar atenção para a indicação de polaridade, para não cometer um erro quando você montar o circuito.
    Informações sobre Capacitores Eletrolíticos podem ser obtidas no link: 19_04_06 Capacitor Eletrolítico.

    Capacitores de tântalo: Capacitores de tântalo são capacitores eletrolíticos que usam um material chamado tântalo para os eletrodos. Grandes valores de capacitância semelhantes aos capacitores eletrolíticos de alumínio podem ser obtidas. Além disso, os condensadores de tântalo são superiores aos condensadores eletrolíticos de alumínio pois trabalha e maiores temperatura e frequência.
    Na construção, quando o pó de tântalo é cozido, a fim de solidificar, forma uma fenda interna. Uma carga eléctrica pode ser armazenado nesta fenda.
    Estes capacitores têm polaridade. Normalmente, o símbolo "+" é usada para mostrar o terminal positivo do componente. Não inverter a polaridade sobre esses tipos.
    Capacitores de tântalo são um pouco mais caros do que capacitores eletrolíticos de alumínio. Capacitância pode mudar com a temperatura, assim como de frequência, e esses tipos são muito estáveis. Assim, capacitores de tântalo são usados ​​para circuitos que exigem uma elevada estabilidade nos valores de capacitância. Além disso, o uso de capacitores de tântalo para sistemas de sinais analógicos melhora o desempenho, porque o ruído de corrente pico que ocorre com os capacitores eletrolíticos de alumínio não aparece. Onde é necessário alta estabilidade é melhor utilizar capacitores de tântalo.
    A fotografia ilustra o capacitor de tântalo. Os valores de capacitância é de 10 µF (35V). O símbolo "+" é usada para mostrar o condutor positivo do componente.
    Informações sobre Capacitores de Tântalo podem ser obtidas no link: 19_04_07 Capacitor de Tântalo .

    © Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/04/2019

    sexta-feira, 1 de março de 2024

    Aula 07.1 - Capacitores Fixos

    Capacitores Cerâmicos

    Figura 02 - Capacitores cerâmicos
    São construídos com materiais, tais como bário titânio ácido utilizado como dielétrico. Estes capacitores podem ser usados ​​em aplicações de alta frequência. Estes Capacitores têm a forma de um disco. A sua capacidade é comparativamente pequena. O Capacitor do lado esquerdo é um capacitor 100pF com um diâmetro de cerca de 3 mm. O Capacitor do lado direito é impressa com 103, então torna-se 10 x 1000 pF 0,01 microF. O diâmetro do disco é de cerca de 6 mm. Capacitores de cerâmica não têm polaridade. Capacitores cerâmicos não deve ser usado para circuitos analógicos, porque eles podem distorcer o sinal.
    Informações sobre Capacitores Cerâmicos podem ser obtidas no link: 19_04_01 Capacitor Cerâmico.

    Capacitores de Multicamadas

    O capacitor de multicamadas de cerâmica tem um dielétrico muitas camadas. Estes condensadores são pequenos em tamanho, e têm boas características para maiores temperatura e resposta em  de frequência.
    Sinais de onda quadrada utilizados em circuitos digitais pode ter um componente de frequência relativamente elevada incluídos. Este capacitor é usado para filtrar a alta freqüência à terra.
    Na figura, a capacitância do componente do lado esquerdo é mostrado como 104. Assim, a capacidade é de 100.000 pF = 0,1 mF. A espessura é de 2 mm, a altura é de 3 mm, a largura é de 4 mm. O capacitor para a direita tem uma capacidade de 103 (10.000 pF = 0,01 mF). A altura é de 4 mm, o diâmetro da parte redonda é de 2 mm. Estes condensadores não têm polaridade.
    Informações sobre Capacitores de Multicamadas podem ser obtidas no link: 19_04_02 Capacitor de Multicamadas.

    Figura 04 - Capacitores de poliéster.

    Capacitores de Poliéster

    Este Capacitor usa película de poliéster fina como o dielétrico. Eles não são de alta tolerância, mas eles são baratos e acessíveis. A sua tolerância é de cerca de 5% a 10%.
    Capacitor 1: 0,001 micro F (impressos com 0,01K): [A largura de 5 mm, a altura de 10 mm, a espessura de 2 mm].
    Capacitor 2: 0,1 micro F (impressos com 104K):  [A largura de 10 mm, a altura de 11 mm, a espessura de 5mm].
    Capacitor 3: 0,22 micro F (impresso com 0,22 K):  [A largura 13 mm, a altura de 18 mm, a espessura de 7 milímetros].
    Cuidados devem ser tomados, pois diferentes fabricantes usam métodos diferentes para indicar os valores de capacitância.
    Informações sobre Capacitores de Poliéster podem ser obtidas no link: 19_04_03 Capacitor de filme de Poliester metalizados.

    Figura 05 - Capacitores de polipropileno.

    Capacitores de Polipropileno

    Este capacitor é utilizado quando é necessário uma maior tolerância do que capacitores de poliéster podem oferecer.
    A película de polipropileno é utilizada para o dielétrico. Diz-se que não há quase nenhuma mudança de capacitância nestes dispositivos se eles são usados ​​com frequência de 100KHz ou menos. Este capacitores têm uma tolerância de ± 1%.
    Capacitor 1: 0.01 µF (impresso com 103F), [a largura 7mm, altura de 7mm, espessura de 3mm].
    Capacitor 2: 0.022 µF (impresso com 223F), [largura 7mm, a altura de 10 mm, a espessura de 4 milímetros].
    Capacitor 3: 0.1 µF (impresso com 104F), [a largura 9mm, a altura 11 milímetros, a espessura 5mm].
    Estes capacitores não tem polaridade.
    Informações sobre Capacitores de Polipropileno podem ser obtidas no link: 19_04_04 Capacitor de Polipropileno.

    © Direitos de autor. 2019: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 01/04/2019